segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O dia em que ela chegou

Ele chegou cansado do trabalho, falava pouco, só o indispensável. Reclamou da comida que estaria salgada, quase não tocou no prato.
Eu lhe perguntei o que era, disse-me que não era nada.
Pela manhã, minhas malas estavam prontas, ele não teve coragem de dizer na noite passada, mas era para eu ir embora.
Não sei o que senti, talvez eu também quisesse ir, mas não sabia. Nunca soube o que queria. Ele a esperava pela manhã, ela viria, eu sairia. Peguei minhas malas, desci as escadas e vi subir uma mulher, era ela.
Tive vontade de parar, contar-lhe do sofrimento, da dor, da espera.
Calei, dei-lhe a oportunidade de sofrer o que eu sofri.
Boa sorte a ela.

-Paula Marina-

6 comentários:

  1. Puxa, que triste isso...

    Deveria ter contado a ela...

    Boa semana amiga...

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  2. Olá, texto com viva expressão, abraços

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  3. só lembrando que o texto é de ficção...
    bjus a todos

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  4. que bom que vc gosta do que escrevo...e qto as fotos, eu naturalmente coloco as fotos dos momentos vividos, momentos que transcrevo em versos depois. O que não impede que a imaginação flua na mente de quem le. Mas entendo teu ponto de vista e acho válido.
    Volte sempre, é bom ter vc por lá.
    Maurizio.
    * e muito bom teu texto, um conto curto e forte,muito bom.

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  5. Simplesmente adorei, claro que lendo como ficção... beijo, beijo! (rs)
    She

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  6. Olá Paula, vim retribuir sua visita, e gostei muito do seu blog, é claro que vou voltar mais vezes! me espere!

    Bjs

    Joana Campos

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