sábado, 4 de setembro de 2010

O medo nosso de cada dia

          O medo da vida com suas inseguranças, automaticamente nos leva a recuar diante do viver intensamente ou do desfrutar as ocasiões e as oportunidades. É certo que diante de tantos acontecimentos brutais, a insegurança é a tônica em nosso dia a dia.
         O lazer tornou-se moderado e restrito à determinados lugares o horários. É sábio o cuidado e a ponderação na escolha das saídas e igualmente necessário. Esses são os medos reais. Mas e aqueles que provocam uma ruptura em nosso viver?
         Medo de ir, medo de sair, medo de uma consulta, medo de sofrer, medo de se envolver e sofrer, medo de preconceito, medo de fracassar, medo de não ser aceito, etc..etc… Não são os medos previsíveis, reais e sim os medos possíveis que nos fazem perder a noção da realidade, que nos paralisam, que dificultam nossa vida e nossas decisões.
        Precisamos da sagacidade para distinguir esses dois tipos de medo, onde o primeiro nos coloca em vigilância e prudência de comportamento e o outro nos tira “vida”, nos tira perspectiva, nos enclausura, nos aprisiona, nos coloca ilusoriamente protegidos, mas ao mesmo tempo infelizes por não nos permitir participar ativamente de algo que nos faz bem.

Texto da psicóloga Marilena Henriques Teixeira Netto

2 comentários:

  1. Excelente texto.

    O medo nos paralisa e aprisiona. Precisamos saber contornar e distingui-lo...

    Beijos e bom feriado,

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  2. Eu ainda vivi uma época que não se tinha tanta violência e sinto saudades! Os adolescentes de hoje não conhecem a liberdade de poder andar nas ruas!

    Beijocas

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