Estas expressões bastantes coloquiais podem parecer eruditas, mas é só uma repaginada!
Prosopopéia flácida para acalentar bovinos
(Conversa mole pra boi dormir)
Colóquio sonolento para gado bovino repousar
(História pra boi dormir)
Romper a face
(Quebrar a cara)
Creditar o primata
(Pagar o mico)
Inflar o volume da bolsa escrotal
(Encher o saco)
Deglutir o batráquio
(Engolir o sapo)
Derrubar com intenções mortais
(Cair matando)
Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira.
(Nem a pau)
Sequer considerar a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais.
(Nem que a vaca tussa)
Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente.
(Chutar o balde)
Você é um idiota prolixo sem a menor capacidade de síntese que não sabe parar de falar
(cala a boca)
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Conversando água
Não sei se já perceberam o tempo que passamos no MSN dizendo nada pra alguém que também não nos diz nada:
Bob diz:
oi
Carol diz:
oi
Bob diz:
bom dia
Carol diz:
bom dia
Bob diz:
tudo bem com vc?
Carol diz:
tdo e vc?
Bob diz:
bem tb, melhor agora tc com vc
Carol diz:
ah, que bom
Bob diz:
e ai tá chovendo muito
Carol diz:
ta sim, bastante
Bob diz:
eh em pleno feriado
Carol diz:
pois é, fazer oq?
Bob diz:
rs, eh
Carol diz:
olha, foi muito bom tc com vc
Bob diz:
igualmente, foi um prazer
Carol diz:
tô indo, depois a gente conversa mais
Bob diz:
ok, não vejo a hora
Carol diz:
bjus
Bob diz:
bjus, linda
Interessante é que os estudos da linguagem tem um nome pra esse tipo de comunicação. É a comunicação fática que tem como objetivo prolongar o contato com o receptor, nem que seja dizendo nada...
-Paula Marina-
sábado, 31 de julho de 2010
Entrevista com um marginal

POLICIAL: Onde vocês estavam na hora do tiroteio?
MARGINAL: Távamos malocados no Vidigal cafungando uma legal, quando embonecamos com a máquina na viseira, o comédia noiado, levou um caramelo no gorgolejo e meteu lá uma. Bote fé, isso tudo foi depois do baculejo que o alemão fez em nóis. Foi isso que aconteceu.
A polícia já está no encalço de um tradutor.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Quando dizer é fazer

Muitas vezes quando falamos, estamos na verdade querendo relatar ou constatar alguma coisa, mas existem momentos em que o ato de falar já tem em si uma ação, é só observar os enunciados:
1.Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;
2.Eu te condeno a dez meses de trabalho comunitário;
3.Declaro aberta a sessão;
4.Eu te perdoo.
Tais enunciados, no exato momento em que são proferidos, realizam a ação denotada pelo verbo; não servem para descrever nada, mas sim para executar atos (ato de batizar, condenar, perdoar, abrir uma sessão, etc.). Nesse sentido, dizer algo é fazer algo. Com efeito, dizer, por exemplo, Declaro aberta a sessão não é informar sobre a abertura da sessão, é abrir a sessão. São os enunciados performativos que constituem o maior foco de interesse de Austin que é o criador da teoria dos atos de fala.
Mas para que falar realmente se equivalha a uma ação, é necessário que o enunciado seja pronunciado pela pessoa certa e na hora certa. Se uma pessoa comum se referir a um criminoso com as palavras " Você está condenado a 3 anos de prisão", com certeza não terá valor algum!
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